Alimento semanal

 

Um pacto de amizade – III

ImageOs amigos
«Grande mal é uma alma encontrar-se só no meio de tantos perigos. Estou em crer que, se eu tivesse com quem falar sobre tudo isto, muito me teria ajudado a não voltar a cair, ao menos por vergonha, já que a não tinha de Deus. Por isso, eu aconselharia aos que têm oração, sobretudo ao princípio, que procurassem ter amizade e relação com outras pessoas que tratam do mesmo.

Isto é muito importante, ainda que não seja mais do que ajudarem-se umas às outras com as suas orações. Porém, há muitos mais ganhos! Se nas conversações e amizades humanas, mesmo não sendo muito boas, se procuram amigos para ter mais gosto em contar esses vãos prazeres, não sei porque é que não se há-de permitir, a quem deveras começa a amar a Deus e a servi-lo, que fale com algumas pessoas sobre as suas consolações e trabalhos, pois de tudo isto têm os que fazem oração. Se a amizade que quer ter com Sua Majestade for verdadeira, não tenha medo de vanglória; e quando o primeiro movimento de vanglória lhe surgir, saia dele a ganhar. Eu creio que quem o fizer com esta intenção, ajudar-se-á a si e aos que o ouvirem; sairá mais ensinado e até, sem saber como, ensinará aos seus amigos».(V 7, 19).

(EXTRAÍDO DO SITE PARA VÓS NASCI)

 

À procura do ideal teresiano de comunidade religiosa – III

Image O humanismo da alegria e da simplicidade dá à comunidade teresiana um sentido de abertura e de simplicidade evangélica com as marcas da igualdade, suavidade, afabilidade:

“Assim, irmãs; tanto quanto puderdes, sem ofensa de Deus, procurai ser afáveis e entender de modo com todas as pessoas que convosco trata¬rem, a que amem a vossa conversação e desejem a vossa maneira de viver e de tratar, e não se atemorizem e amedrontem da virtude. A religiosas importa muito isto: quanto mais santas, mais conversáveis com vossas ir¬mãs. E, ainda que sintais muito pesar se todas as suas conversas não vão como vós as quereríeis, nunca vos esquiveis, se quereis que aproveitem e quereis ser amadas por elas. É isto o que muito devemos procurar: ser afá¬veis e agradar e contentar às pessoas com quem tratamos, especialmente às nossas irmãs. Assim pois, filhas minhas, procurai entender de Deus, em verdade, que Ele não olha a tantas minúcias como pensais e não deixeis que se vos tolha a alma e o ânimo, pois com isso se poderão perder muitos bens. Mas, intenção recta, vontade determinada, como tenho dito, de não ofender a Deus! Não deixeis encurralar a vossa alma: em lugar de achar santidade, ganhará muitas imperfeições que o demónio lhe porá por outras vias e, como já disse, não aproveitará nem para si nem às outras tanto quanto poderia”. Sta Tresa de Jesus C 41, 7-8… conjuga rigor e suavidade:

(EXTRAÍDO DO SITE PARA VÓS NASCI)

 

 

Um pacto de amizade – VII

Image«Humildade é andar na verdade diante da própria Verdade» Sta. Teresa (6M 10, 7)

A humildade
Um dos efeitos da oração é precisamente a humildade. A humildade é sinónimo de autenticidade, é o que faz com que um bem seja um bem: um amor sem humildade não ama verdadeiramente; uma esperança sem humildade não é mais do que presunção, capaz de se transformar em desalento diante da mínima provação; um perdão sem humildade não é mais do que outra volta no círculo da vingança, e assim com tudo. . É Sta Teresa quem o diz: “Uma vez estava eu considerando por que razão era Nosso Senhor tão amigo desta virtude da humildade, e logo se me pôs diante – a meu parecer sem eu considerar nisso, mas de repente – isto: é porque Deus é a suma Verdade, e a humildade é andar na verdade. E é muito grande verdade não termos coisa boa de nós mesmos, senão a miséria e sermos nada; e, quem isto não entende, anda em mentira. Quem melhor o entende, mais agrada à suma Verdade, porque anda nela. Praza a Deus, irmãs, nos faça mercê de não sairmos nunca deste próprio conhecimento, ámen. Nosso Senhor faz destas mercês à alma, porque, como a verdadeira esposa, que já está determinada a fazer em tudo a Sua Vontade, lhe quer dar alguma notícia daquilo em que a há-de fazer, e de Suas grandezas. Não há para que tratar de mais coisas, e destas duas falei por me parecer de grande proveito; pois, em coisas semelhantes não há que temer, senão louvar ao Senhor, porque as dá; porque a meu parecer, nem o demónio, nem mesmo a imaginação própria, têm aqui grande cabida; e assim a alma fica com grande satisfação.” (Sta. Teresa M VI 10,7-8)

(EXTRAÍDO DO SITE PARA VÓS NASCI)

 

 

Aprendemos a orar com o olhar

Image

 1. «Deus viu tudo o que tinha feito e era muito bom» (Gn 1,31). Dá um passeio contemplativo por um dos teus percursos habituais ou pelo campo, fazendo como que uma pesquisa à procura da bondade e da beleza ocultas em tudo o que existe. Observa atentamente as pessoas, as coisas, a natureza e repete interiormente: «Deus viu que tudo era bom». Confia mais no olhar de Deus do que no teu, deixa que ele eduque os teus olhos e os torne crentes.

2. Lê em Mc 10,46-52 o relato da cura do cego Bartimeu como se o ouvisses pela primeira vez. Pára em cada momento da cena, tenta imaginá-la, vê-la interiormente. Senta-te como aquele cego sentado na borda do caminho. Ouve o murmúrio das pessoas, pressente a proximidade de Jesus, grita-lhe do fundo do teu coração: «Tem piedade de mim!». Deixa que todo o teu ser se ponha a clamar: «Senhor, que eu veja!» Sente as mãos de Jesus tocar nos teus olhos; deixa-te curar pela força dessas mãos que podem inundar-te de luz. Permanece uns momentos num silêncio cheio de agradecimento.

3. Toma o evangelho de Marcos 6,34. Jesus desceu da barca e, ao ver a multidão, encheu-se de compaixão porque eram como ovelhas sem pastor. Mistura-te àquela gente, tenta sentir-te envolvido pelo olhar de Jesus, cheio de ternura e de acolhimento. Não te censura, nada te aponta de negativo, nem te exige que faças isto ou aquilo. Somente olha para ti e te aceita tal como és. Respira fundo e deixa-te invadir por esse acolhimento incondicional.

4. Ao sair de casa, pára um instante e pede aos teus olhos que se deixem contagiar pela forma de olhar de Jesus. Depois, na rua ou no teu meio de transporte habitual, procura olhar para toda a gente como Jesus o faria. Observa cada rosto, procurando adivinhar o que se esconde por detrás dessas expressões de cansaço, de indiferença, de preocupação, de serenidade… Deixa brotar em ti a compaixão, a proximidade, a súplica de Jesus por eles.

5. No domingo, procura «estrear» a Eucaristia, olha-a com novos olhos, limpos de rotina e de monotonia. Chega uns minutos antes e observa a chegada das pessoas: olha para elas e dá-lhes interiormente as boas-vindas. Descobre o interior do templo: a mesa do altar que te convida, a luz acesa que nos lembra a presença viva do Ressuscitado, o pão e o vinho, memória da sua vida entregue e do seu sangue derramado. Presta atenção aos sinais e aos gestos que fazemos durante a celebração, não os faças de forma mecânica, mas deixa-os surgir do fundo do teu ser…
E o que fores vendo e aprendendo a olhar, o que for entrando na tua experiência de crente e de orante, talvez te ajude a escrevê-lo dentro em breve num «caderno de oração» que irá sendo uma testemunha secreta da história da tua amizade com Deus.

(EXTRAÍDO DO SITE PARA VÓS NASCI)

Alimento semanal.

Humildade

Image Uma vez estava eu considerando por que razão era Nosso Senhor tão amigo desta virtude da humildade, e logo se me pôs diante – a meu parecer sem eu considerar nisso, mas de repente – isto: é porque Deus é a suma Verdade, e a humildade é andar na verdade.

E é muito grande verdade não termos coisa boa de nós mesmos, senão a miséria e sermos nada; e, quem isto não entende, anda em mentira. Quem melhor o entende, mais agrada à suma Verdade, porque anda nela. Praza a Deus, irmãs, nos faça mercê de não sairmos nunca deste próprio conhecimento, ámen. Nosso Senhor faz destas mercês à alma, porque, como a verdadeira esposa, que já está determinada a fazer em tudo a Sua Vontade, lhe quer dar alguma notícia daquilo em que a há-de fazer, e de Suas grandezas. Não há para que tratar de mais coisas, e destas duas falei 9 por me parecer de grande proveito; pois, em coisas semelhantes não há que temer, senão louvar ao Senhor, porque as dá; porque a meu parecer, nem o demónio, nem mesmo a imaginação própria, têm aqui grande cabida; e assim a alma fica com grande satisfação. (Sta. Teresa M VI 10,7-8)

(EXTRAÍDO DO SITE PARA VÓS NASCI)